Artimiza Magaia foi detida nesta quarta-feira, 2 de abril, em Maputo, pela Procuradoria-Geral da República. Após a prisão, a PGR está concentrando esforços para localizar seus cúmplices e, principalmente, o mandante, supostamente responsável por orquestrar ataques contra Agostinho Vuma, presidente da Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA).
Nas eleições gerais de outubro do ano passado, Artimiza se destacou nas redes sociais ao divulgar vídeos que continham acusações contra Vuma, empresário e político. Em resposta, ele decidiu processá-la, iniciando o caso na procuradoria distrital de Massingir, que posteriormente foi transferido para o Tribunal de Xai-Xai, onde o processo 106/0911/P/2024 teve seu curso legal.
Mesmo com o caso tramitando na justiça, Artimiza continuou a fazer publicações contra o presidente da CTA. Diante dessa postura, o tribunal determinou que ela não mencionasse mais o nome de Vuma, sob pena de detenção imediata em caso de descumprimento. Além disso, ela frequentemente se ausentava das convocações judiciais sem apresentar justificativas, como ocorreu em uma audiência agendada para 18 de março, na qual não compareceu nem comunicou sua ausência.
No contexto das eleições internas no círculo eleitoral de Gaza, Vuma estava entre os mais votados para deputado, mas Artimiza o acusou de subornar membros para garantir votos. Considerando essa acusação excessiva, Vuma ingressou com um processo contra ela, solicitando uma indenização de cinco milhões de meticais. Durante o andamento do processo, ele acabou renunciando à sua candidatura.
Ao longo de sua trajetória, Artimiza buscou notoriedade nas redes sociais, acumulando interações e compartilhamentos. No entanto, suas acusações ultrapassaram limites legais, resultando em processos judiciais. Em vez de buscar conciliação, ela manteve sua postura desafiadora e ignorou as determinações da justiça. Embora tenha tentado se aproximar de figuras políticas como Daniel Chapo e a FRELIMO na tentativa de recuperar sua imagem, essas ações não foram suficientes para evitar sua detenção em Maputo, longe dos holofotes, nesta quarta-feira.
Comentários
Enviar um comentário