Livre propõe uma "aliança histórica" com partidos de esquerda para as próximas eleições legislativas.
Rui Tavares propõe união histórica das esquerdas com prioridades claras para as legislativas.
O líder do Livre, Rui Tavares, apelou esta sexta-feira à formação de um “acordo histórico” entre as forças de esquerda com vista às eleições legislativas de 18 de maio. Entre os pilares desse entendimento es
tariam a proteção incondicional do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e o reforço do investimento público na educação.
Durante uma manifestação promovida pela CGTP em Lisboa, o porta-voz do partido sublinhou a importância de construir um programa conjunto entre as esquerdas, baseado em compromissos firmes, como impedir privatizações no setor da saúde e garantir maior financiamento à educação pública.
Tavares também defendeu que essa plataforma comum deveria estender-se ao reforço das infraestruturas, à valorização dos funcionários públicos e a uma abordagem conjunta para a transição ecológica.
No plano europeu e internacional, destacou que é essencial garantir mais flexibilidade orçamental para investimentos sociais e ambientais a nível europeu, além de apoiar o reconhecimento da Palestina e a manutenção do apoio à Ucrânia.
“O objetivo é assentar num conjunto de princípios comuns que possa entusiasmar o eleitorado e alterar o rumo das sondagens e do resultado eleitoral”, afirmou.
O deputado reiterou ainda a disponibilidade do Livre para integrar um governo socialista, desde que o Partido Socialista obtenha mais votos e mandatos do que a Aliança Democrática (AD), e o Livre supere a Iniciativa Liberal (IL), assegurando assim uma maioria estável à esquerda.
Tavares frisou ainda a ambição de aumentar a representação parlamentar do Livre, incentivando o PS a conquistar o centro político para facilitar a formação de governo.
Posição do PCP
Também presente na manifestação da CGTP, o secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, foi questionado sobre a possibilidade de entendimentos à esquerda. Em resposta, defendeu um reforço da votação na CDU e destacou o histórico do partido no combate às injustiças sociais.
"Já viram o PCP falhar no apoio a salários, pensões ou no combate às desigualdades? Nunca. Essa pergunta deve ser dirigida a quem falhou, não a nós", afirmou, sem identificar diretamente os alvos da crítica.
Fonte: Jornalaominu
Comentários
Enviar um comentário